Sabemos que a impermeabilização acompanha as construções desde as primeiras edificações, como torre de Babel e Arca de Noé, que utilizaram como material de base o petróleo, que é utilizado até hoje para impermeabilizar as edificações. O tema impermeabilização está cada vez mais sendo discutido e levado a sério. As manifestações patológicas geradas por vazamento, umidade e infiltração e o alto custo com o refazimento obra tem aumentado a preocupação dos proprietários e profissionais da construção civil com o tema.

Muitos fazem a impermeabilização, porém, com produtos inadequados e mão de obra desqualificada. Nestes casos, é muito comum a ocorrência de manifestações patológicas (umidade, infiltrações e vazamento) nas obras. Para obter a eficácia na impermeabilização deve se apoiar no tripé:

1. Projeto de impermeabilização, que consiste em quantificar as áreas a serem impermeabilizadas, analisar e observar as particularidades do projeto para escolha do melhor sistema de impermeabilização. Emitir memorial descritivo e apresentar graficamente as áreas e produtos que serão utilizados, entre outras informações;
2. Utilizar produtos de fabricantes idôneos e que atendam as normas técnicas vigente de cada produto;
3. Para fechar o tripé, a execução dos serviços deve ser realizada por mão de obra treinada e qualificada e com fiscalização.

Não pode haver falha em nenhuma parte do tripé, imaginemos que o projeto seja o mais perfeito possível, mas se o produto for de qualidade duvidosa e a mão de obra não qualificada, a probabilidade de essa obra ter problema de vazamento será muito grande.

O que é impermeabilização?

Segundo o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização) “É uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens.”

A norma NBR 9575 Impermeabilização – Seleção e projeto define que é, “conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade.”

Porque devemos impermeabilizar?

Para garantir a durabilidade, longevidade da estrutura e estabilidade estrutural ao longo dos anos. Para surgir à manifestação patológica no concreto conhecida como carbonatação é necessário a presença de umidade. Se eliminarmos a umidade na estrutura, não teremos a carbonatação no concreto. O fenômeno da carbonatação do concreto é facilmente encontrado nas regiões com grandes emissões de gás carbônico (CO2). Exemplo: centros urbanos, garagens de edifícios, túneis e viadutos. O dióxido de carbono liberado pelos veículos penetra na porosidade do concreto e ao entrar em contato com a umidade presente na estrutura forma o composto chamado ácido carbônico (H2CO3).

O ácido carbônico (H2C03) reage quimicamente com pasta do cimento e transforma em água e carbonato de cálcio (CaCO3). O composto que reage rapidamente com (H2CO3) é o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).

Até essa fase, as modificações químicas não são prejudiciais ao concreto, porém durante a sua formação consome os álcalis da pasta do cimento (ex: Ca(OH)2 e C-S-H) reduzindo o pH do concreto e ocorrerá a despassivação da armadura, pois o concreto deixará de ser alcalino. O concreto protege a armadura quando tem pH entre 12 e 14. Quando carbonatado o pH cai para próximo de 8,5.

O concreto carbonatado não irá mais proteger a armadura (ferragem) e iniciará a oxidação (ferrugem). Quando o ferro oxida o mesmo pode aumentar até 8 vezes o volume da seção, gerando grandes tensões, logo, surgirá trincas e desplacamento do concreto.

O concreto armado é a perfeita combinação do concreto que tem excelente resistência à compressão juntamente com o aço (ferragem), que tem excelente resistência à tração. Ambos são calculados e dimensionados e devem estar em harmonia para garantir a estabilidade estrutural. Quando ocorre o processo de oxidação da ferragem e o ferro perde volume espessura, isso implica diretamente no coeficiente de segurança da estrutura e se a diminuição de seção persistir poderá ocorrer um colapso estrutural.

• Para ter uma casa salubre. A umidade traz vários malefícios para residência, entre eles o bolor e fungos que proliferam em ambientes úmidos, logo, o ambiente fica insalubre contribuindo para o surgimento das doenças respiratórias;
• Para obter o melhor custo-beneficio, segundo o IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), o custo da impermeabilização fica em media 2% do valor da obra, e se precisar fazer a impermeabilização depois da obra já construída, o valor sobe para em media 10% do valor da obra, sem contar os transtornos que gera uma reforma. Sai muito mais barato o preventivo do que o corretivo;
• Para ter clientes e proprietários satisfeitos. Durante meses ou anos construindo, a família investe tempo e dinheiro para construir uma residência bonita, salubre e de estrutura estável e durável. Isso será possível se a impermeabilização for eficaz.

A impermeabilização está entre os itens mais importantes das edificações, pois garante a salubridade do ambiente e a longevidade da construção, além de evitar os gastos e o inconveniente de uma reforma. O objetivo do blog é alertar sobre a importância da impermeabilização e ressaltamos que devem fazer a impermeabilização sempre com critério, abordamos as três partes envolvidas, ou seja, projeto ou especificação coerente, produtos normatizados de empresas idôneas e mão de obra qualifica para a execução dos serviços.

A ENG PLUS Engenheira e Consultoria, coloca-se a inteira disposição para tirar duvidas e temos uma equipe especializada para atender a necessidade da sua obra.